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Ale Nagado

Granblue Fantasy - O mangá

Uma aventura épica, com cavaleiros corajosos, reinos mágicos e uma donzela em perigo.

Gran e Lyria na capa do volume 1, no elegante traço de cocho.

Ambientado em um mundo com seres mágicos, ilhas flutuantes e uma curiosa tecnologia medieval com embarcações voadoras, Granblue Fantasy é uma aventura repleta de ação, drama e boas doses de humor. O título surgiu primeiro em jogos eletrônicos do tipo RPG e MMORPG, lançados em 2014 pela empresa Cygames. O sucesso gerou desdobramentos em outras mídias, incluindo adaptações em mangá e animê..

A história começa mostrando a vida em uma aldeia do jovem espadachim Gran, um rapaz cujo pai desapareceu quando ele ainda era criança. O homem deixou uma carta enigmática, dizendo que estaria esperando por ele em Estalucia, a lendária "Ilha Das Estrelas" . Desde então, ele treina seu corpo para se tornar um grande guerreiro e poder um dia embarcar em uma nave rumo ao sonho de reencontrar seu pai.


Quando surge uma embarcação voadora do perigoso Império Erste, Gran e seu amigo, o pequeno ser alado Vyrn, se encontram com a misteriosa garota Lyria. Dona de um grande poder mágico que é ambicionado pelo império, a menina vivia em cativeiro, até ser salva por uma oficial desertora, a amazona Katalina. Juntas, elas fogem dos inimigos, e o encontro com Gran muda o rumo de suas vidas.

A parceria entre Makoto Fugetsu (esboços) e cocho (ilustrações) proporcionou um mangá visualmente muito bonito.

Devido a um incidente, Gran e Lyria possuem uma ligação mágica, dividindo uma única energia vital. Se um deles morrer, ambos estarão condenados. Em seu caminho, o grupo logo encontra o habilidoso piloto e atirador Rackam, que irá acompanhá-los na grande aventura pelos céus.


Essa adaptação em mangá da famosa franquia de games Granblue Fantasy foi publicada em formato digital, no aplicativo Saikomi/ Cycomics em 2016. Depois, foi compilado e impresso em seis volumes pela editora Kadokawa. Outras adaptações foram produzidas, mas essa é a que foi trazida ao Brasil.


A arte do ilustrador cocho (grafado assim mesmo, com minúsculas) é excelente, tanto na caracterização dos personagens, quanto dos monstros e maquinários. No entanto, sua narrativa visual não é tão boa, com algumas cenas confusas e outras com problemas de ritmo. Ele trabalhou sobre os esboços de Makoto Fugetsu, que foi creditado pela Panini somente como roteirista. Algumas referências apontam Makoto com as funções de roteiro e story-board, ou somente story-board. Vale apontar que o termo usado nos créditos do mangá é "Conté", que se refere mesmo a story-board, ou seja, esboços que servem para orientar filmagens ou animações. No caso de quadrinhos, o termo lay-out seria mais apropriado, envolvendo também a divisão de quadros na diagramação, não apenas a escolha de ângulos e poses. Isso dá a ideia de que cocho é mais um ilustrador do que propriamente um artista de mangá.

Cartaz da primeira temporada do animê.

O mundo é visualmente encantador e evoca o espírito de fábulas medievais, com um senso de aventura clássica. A interação dos personagens também funciona muito bem, com Gran fazendo o herói impetuoso; Lyria, a princesa de coração nobre; Vyrn, o alívio cômico e Katalina, a maternal protetora dos mais fracos, que é durona e implacável (mas que se derrete com animais fofinhos).


E temos Rackam, o experiente aventureiro que serve de referência a seus amigos, que aparenta não ligar muito para os outros, mas está sempre disposto a proteger, sendo um personagem que lembra o velho Han Solo de Star Wars. Mas, este é somente o grupo inicial, e mais personagens vão se juntando ao grupo, todos com personalidades fortes e bem definidas. Embalando tudo, muita ação e boas doses de fan service malicioso para os rapazes.


O público brasileiro pôde conferir primeiro a série em animê, produzida em 2017 pelo estúdio A-1 Pictures e exibida simultaneamente pelo portal Crunchyroll. Posteriormente, a série de 13 capítulos foi incluída no catálogo da Netflix. Apesar de uma primeira temporada de grande qualidade, a segunda temporada, produzida em 2019 pelo estúdio MAPPA com 12 episódios, teve uma grande queda de qualidade. O MAPPA já produziu obras como Yushio And Tora, Yuri!!! on Ice, Inuyashiki, Zombie Land Saga e vários outros títulos. Em 2020, foi lançado outro animê, o Grablu!, focado no lado cômico da série.


Trazendo um inegável apelo nostálgico, Granblue Fantasy segue conquistando cada vez mais fãs e jogadores. Com bons personagens e uma arte bela e detalhada, o universo dessa franquia mostrou que ainda há muito espaço para uma boa aventura com espadachins medievais, reinos encantados, dragões e muito heroísmo.


GRANBLUE FANTASY

Título original: Granblue Fantasy ~ グランブルーファンタジー (2017)

História original e conceitos visuais: Cygames

Roteiro e esboços (story-board): Makoto Fugetsu

Arte: cocho Tradução: Sarah Fuidio, Luciane Yasawa

Formato: 13,2 x 19,8 cm, com 168 páginas

Total: 6 volumes

Lançamento no Brasil: Planet Manga/ Panini Comics (2019)

Classificação indicativa: 12 anos


(*) Nota: O Sushi POP segue a referência japonesa, pois entende que há uma diferença na atribuição de funções em relação à forma adotada pela Panini.


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