top of page
Ale Nagado

Street Fighter II-V

A série que apresentou uma aclamada versão para os personagens do icônico jogo da Capcom.

Os jovens lutadores de karatê, Ken Masters e Ryu, partem pelo mundo em busca de desafios para aperfeiçoarem para suas habilidades. Em sua trilha, eles se tornam alvo do lunático Bison e sua organização criminosa Shadaloo, que sempre está a procura de lutadores para ingressar em suas fileiras de terroristas mercenários.


Bison é investigado pelo inspetor de polícia de Hong Kong, Dubal, cuja filha adolescente já é uma excelente lutadora de kung-fu. Seu nome é Chun-Li e ela se torna amiga dos encrenqueiros Ken e Ryu. Dubal está na mira de Cammy, uma perigosa assassina contratada pelo agente Balrog, a serviço de Bison. Logo no início de sua jornada, Ken e Ryu têm um primeiro e doloroso encontro com o oficial militar americano, Guile, que depois se tornaria um grande aliado. Em outro momento, conhecem o orgulhoso ator e mestre marcial Fei Long, e depois buscam aprimorar suas habilidades para um nível sobrenatural, ao conhecerem o grande mestre Dhalsim.


Junto com a jovem Chun Li e Guile, Ken e Ryu se veem envolvidos em uma luta contra uma força maligna inimaginável, em uma teia de acontecimentos que irá transformar suas vidas para sempre.

Capa de um artbook lançado com imagens da série.

O game Street Fighter II, lançado em 1991, é o nome da versão mais popular da franquia Street Fighter, que apresentou pela primeira vez a personagem Chun-Li, em um elenco de personagens que está em constante expansão. Já a sigla "V" foi tirada de "Victory" e "Voyage", por isso o nome Street Fighter II-V, mas a série é chamada por muitos fãs pelo mundo pelo nome informal de Street Fighter Victory.


Projetada para exibição apenas no Japão, a série só passou no Brasil devido ao atraso na entrega da série americana Street Fighter Game, esta sim, de exibição mundial. Com o contrato de exibição fechado com o SBT, restou à empresa Capcom trazer às pressas a série japonesa, que havia estreado há poucos meses. Naquela época, foi a série que mais rápido havia chegado ao Brasil. O alto custo de produção, somado à desistência de alguns anunciantes em continuar no projeto devido à repercussão aquém da esperada, impediu que mais episódios fossem produzidos. Para que a qualidade de imagens fosse mantida, a série foi abreviada, e várias situações, como a participação de Blanka, tiveram que ser canceladas. O boxeador Balrog, apresentado como um agente secreto, sequer chega a mostrar suas habilidades, o que estava inicialmente planejado.

Guile, um militar casca-grossa.

O lutador Ken Masters tem como marca registrada o bordão "Ih, ó o cara!". A frase foi acrescentada pelo dublador Sérgio Moreno a fim de reforçar o jeito irreverente do personagem. Não há nenhum similar em japonês no texto original. No aclamado elenco de dublagem, também se destacavam Orlando Viggiani como Ryu, Tânia Gaidarji como Chun-Li, Guilherme Lopes como Guile, Denise Simonetto como Cammy, Jonas Mello (1937~2020) como Zangief e Antonio Moreno como Bison, entre outros. A dublagem brasileira, dividida entre os estúdios Megassom e Mastersound, também deixou outra marca no desenho. No original, o primeiro tema de abertura e o de encerramento foram cantados por Yuki Kuroda, tendo sido escritos pelo famoso ASKA. A versão em português teve letra adaptada por Nelson Machado, que foi o diretor de dublagem e também o narrador da série. A frase "Ao encontro do mais forte", que faz parte da letra em português, se tornou o lema da versão brasileira: "Nós vamos ao encontro dos mais fortes!"


A versão brasileira segue a nomenclatura oficial para o ocidente, que tem alguns nomes diferentes em relação ao original japonês. O boxeador Balrog inicialmente foi batizado como M. Bison, em uma referência ao famoso ex-campeão mundial Mike Tyson. No entanto, para evitar um processo, e tendo que usar os nomes já registrados, a Capcom teve que abandonar a ideia e embaralhou alguns nomes dos vilões para afastar de vez qualquer lembrança. (Na ficha de elenco original, você pode conferir os nomes alterados.)


As lutas mostradas na série tiveram consultoria de especialistas em artes marciais, incluindo o ator japonês Kenya Sawada, que em 94 atuou como o Capitão Sawada no filme americano Street Fighter - A Última Batalha, ao lado de Jean-Claude Van Damme, Raul Julia e Ming-Na Wen. Sawada também é roteirista, e escreveu junto com Naoyuki Sakai um total de 16 episódios da série.


O autor do enredo, Kenichi Imai, foi também co-roteirista do longa-metragem em animê Street Fighter II-Movie, de 1993. Esse longa, já exibido em cinemas e no SBT, foi muito mais fiel ao jogo SFII do que a série. Como produtor executivo, Imai trabalhou nos desenhos japoneses e também no live-action SF-A Última Batalha. O diretor-geral da série foi Gisaburo Sugii, que também dirigiu e co-escreveu o longa em animê. Com Gisaburo Sugii e Kenichi Imai no comando, ficou assegurada uma equipe de produção com nomes famosos que já haviam trabalhado com a franquia. Comercialmente, o resultado pode ter ficado abaixo das expectativas, mas o resultado entregue foi de grande qualidade e a série conquistou muitos fãs. E, por caminhos tortos do destino, o público brasileiro viu uma série de alta qualidade em tempo recorde (e muito antes de qualquer outro país), numa era muito anterior às facilidades do streaming.


- Confira mais reviews no ARQUIVO: Séries de TV e Web.


::: FICHA TÉCNICA :::

STREET FIGHTER

Título original: Street Fighter II-V ~ ストリートファイターII V

Estreia no Japão: 10/ 04/ 1995 (TV Yomiuri) Número de episódios: 29

Emissoras no Brasil: SBT, Cartoon Network, Rede Brasil Streaming: Netflix, Pluto TV Versão brasileira: Estúdios Megassom (ep. 1~12) e Mastersound (ep. 13 a 29)


EQUIPE DE PRODUÇÃO

Criação: Kenichi Imai (baseado nos jogos da Capcom) Planejamento: Akio Sakai e Ken Aichi

Roteiro: Naoyuki Sakai, Sou Toyama, Masumi Hiranayagi e Kenya Sawada Design de personagens, diretor de desenho: Akira Kano

Trilha sonora: Masahiro Kawasaki, Gemüt

Supervisão musical: CHAGE and ASKA

Direção de arte: Junichiro Nishikawa

Direção de combates (coreografia): Shinichi Tokairin

Animação: Studio Junio, JCF, Trans Arts, Office Ao, Studio Take Off, Studio Hibari, Tokyo Kids

Direção: Toshiaki Omura, Eiichi Sato, Yukio Takahashi e Kenichiro Watanabe

Assistentes de direção: Naoto Hashimoto e Takuya Sato Direção geral: Gisaburo Sugii

Produtores: Kenichi Imai e Masao Iyori Realização: Capcom, Amuse, Group TAC & TV Yomiuri

Chun-Li, despertando seu potencial como grande lutadora.

ELENCO ~ Vozes originais

(Quando necessário, os nomes japoneses aparecem entre parênteses.)

Ryu: Kouji Tsujitani Ken: Kenji Haga Chun-Li: Chisa Yokoyama

Guile: Tehshou Genda Cammy: Youko Sasaki Vega (Balrog Fabio Lacerda): Kaneto Shiozawa

Fei Long: Kazuki Yao

Dhalsim: Shozo Iizuka

Balrog (Mike Bison): Tomomichi Nishimura Sagat: Banjou Ginga Zangief: Yasuo Tanaka Bison (Vega): Kenji Utsumi

Nash: Ryouichi Tanaka Dubal (Dourai): Rokurou Naya


::: V Í D E O S :::


1) "Kaze Fuiteru" ("O vento sopra") ~ 風 吹いてる

Composição: ASKA / Arranjo: Tomoji Sogawa

Intérprete: Yuki Kuroda


2) "Ima, Ashita no Tame ni" ("Agora, pelo futuro") ~ 今、明日のために - Tema de abertura 2 (ep. 20 a 29)


Composição: Shuji Honda / Arranjo: Akira Nishimoto Intérprete: Shuji Honda

3) "Forever Friends"

- Tema incidental, foi o trabalho de estreia de Masaaki Endoh, do JAM Project.


Letra: Mitsuko Komuro / Melodia e arranjo: Kenichi Sudou

Intérpretes: Massaki Endoh e Akira Ochi


4) "CRY" - Anos depois de ter criado o primeiro encerramento de SF II-V, o cantor ASKA passou a incluir a canção em seu repertório. A versão abaixo é de 2019.


Composição: ASKA

Intérprete: ASKA


- Você pode apoiar o meu trabalho de divulgação cultural, doando qualquer valor a partir de R$ 5,00 e incentive a continuidade do Sushi POP.

- A doação pela plataforma Apoio Coletivo pode ser única ou recorrente, de maneira pública ou anônima. - Se preferir, pode doar através do PIX: nagado@gmail.com - Muito obrigado pela atenção e apoio. Que Deus abençoe seu lar!

bottom of page